Eu, hater, me confesso

10.2.17

Porque me irritam as pseudo vidas perfeitas, as fotos românticas, o "feeling blessed", as juras de amor eterno. Sabes lá tu... Sou odiadora profissional de frases feitas, de lugares comuns e de pensamentos pouco profundos. Desculpem lá a chatice. Irritam-me as pessoas que gostam "de tudo", são "muito flexíveis", estão bem "em qualquer lado", não têm preferência.
Eu sim.
- Toda a gente diz que é bom
Mas eu, felizmente, não concordo.
Para isso li tantos quilos de páginas impressas, escutei e tentei aprender dos mais iluminados. Para isso viajei, paguei cursos, estudei línguas, juntei-me só com aqueles que valiam a pena.
O meu sentido crítico foi difícil de construir. E, perdoem-me a ofensa, tenho orgulho nele.
E como critico sou amargada, só vejo o lado mau, nunca estou satisfeita.
Não insulto, não grito, não me descabelo. Nem sempre entro na discussão, nem sempre me irrito. Muitas vezes deixo o meu lado zen falar mais alto. Relevo. Ignoro. Sou condescendente. Os haters têm mania da superioridade, são narcisistas, irritantes, insuportáveis. Os "lovers" não têm critério.
Se o mundo actual se divide então entre os haters e os lovers. Eu, hater, me confesso.
Desculpem lá qualquer coisinha.


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